A rotina de um corredor, seja em maior ou menor grau, é feita de percalços a serem enfrentados. Dentre os diversos problemas, a condromalácia em corredores é um dos principais. Entenda como combater esse mal e se manter saudável na corrida
Fazer atividade física é e sempre será uma excelente recomendação. E quando se é adepto do treinamento de corrida, ganha-se também a possibilidade de viver uma série de experiências: a primeira volta completa correndo em volta do parque, a estreia nos 10km, a oportunidade de correr uma maratona, dentre outros.
Porém, nem tudo é um mar de rosas.
No meio dessa jornada, surgirão diversos desafios, que podem ser desde dificuldades para perder peso até manter a motivação para treinar com regularidade.
Mas em geral, lesões estão sempre no topo do ranking de preocupações. Não é por acaso. Nosso corpo funciona como um carro: precisa de manutenção, ações preventivas para evitar quebras e evitar excessos para ter mais longevidade.
Entretanto, mesmo o “motorista” mais regrado e com a manutenção em dia, enfrentará em algum momento um problema.
A condromalácia em corredores é uma das lesões mais frequentes, e fonte de diversos afastamentos e queda de rendimento. Por isso, aprender como combater – ou se prevenir – pode trazer grandes benefícios ao corredor de rua.
O que é condromalácia?
A condromalácia é uma patologia que não atinge apenas corredores. Basicamente, ela se define por uma instabilidade na patela, osso que fica no meio da articulação do joelho. Isso leva a um desvio, que acaba tirando a simetria do movimento e desgastando outras regiões.
A patela é o principal responsável por manter um movimento harmonioso, evitando que as pernas “bambeiem”, prevenindo assim uma série de lesões ou rupturas na região. Ela também ajuda a proteger ligamentos e outras regiões.
Como esse problema pode impactar a corrida?
O impacto do pé no solo durante uma corrida é de cerca de 1,5 a 3x o peso corporal. Por conta disso, o problema de condromalácia em corredores acaba se agravando rapidamente, e é muito comum a redução ou até a interrupção dos treinos em fases mais agudas de dor.
Também é importante reforçar que as mulheres têm uma tendência maior de desenvolver o problema.
A principal causa é o que chamamos de ÂNGULO Q, que mede o nível de inclinação da lateral do quadril até o joelho. Como o biotipo feminino em geral é caracterizado por quadris mais largos, essa condição acaba forçando mais o joelho para estabilizar, o que ajuda a desenvolver o problema.
Como prevenir a condromalácia em corredores?
Existem uma série de ações que podem ser aplicadas para prevenir o problema. Dentre as principais estão:
Fortalecer, fortalecer e fortalecer
A melhor forma de evitar a instabilidade patelar e, consequentemente, seu desvio do alinhamento natural do joelho, é fortalecer.
O foco deve ser dado não apenas ao joelho, mas também em quadril e core (abdômen e lombar). Isso porque se as duas regiões estiverem fortes e estáveis, diminuirão a exigência do joelho.
Alongamentos específicos para a região
A lateralização da patela ocorre não apenas por falta de força, mas também em função do encurtamento de certas regiões, dentre elas o quadríceps e, principalmente, o chamado trato iliotibial.
Portanto, é fundamental trabalhar também alongamentos específicos, pois a combinação com exercícios de força ajudarão bastante no combate à condromalácia em corredores.
Como tratar a condromalácia em corredores?
Quando as ações preventivas não são aplicadas, e o quadro da lesão de instala, o que deve ser feito?
Primeiro, uma consulta médica, de preferência com um ortopedista, irá confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade, bem como o tratamento mais indicado.
Em geral, sessões de fisioterapia + combinação de exercícios para a região é o tratamento mais aplicado. Em casos mais severos, o uso de tensores para proporcionar estabilidade também pode ser usada como uma alternativa.
Tirou suas dúvidas sobre a condromalácia em corredores? Já passou por esse problema? Comente com a gente!