Apesar de ser um problema que afeta ambos os gêneros, a infecção urinária em corredoras é algo mais frequente. Mas será que a corrida ajuda a combater o problema, ou na verdade pode piorá-lo? Entenda melhor o que pode ser feito para que isso não afete a sua corrida e a rotina em geral
Falar sobre a trajetória do esporte feminino no mês da mulher é sempre algo muito importante. Lembrar as conquistas o longo dessas décadas e toda a difícil trajetória que elas tiveram que percorrer para serem incluídas e respeitadas no universo esportivo é algo inspirador.
Para alguns, pode parecer bobagem, mas basta lembrar que as mulheres tiveram a primeira participação na Maratona Olímpica apenas em 1984.
Menos de 40 anos!!!
E como não lembrar de Kathrine Switzer, que em 1967 foi a primeira mulher a participar – escondida, já que o regulamento não permitia a presença de mulheres – da maratona de Boston. A foto do diretor da Prova tentando tirá-la a força da corrida é muito simbólica e corre o mundo até hoje.
Porém, o foco dessa matéria não será as grandes conquistas femininas, mas outros obstáculos que elas têm que enfrentar para treinar: a parte fisiológica, hormonal e genética.
Correr durante o ciclo menstrual é um grande desafio para diversas mulheres, pois afeta de forma sensível diversos aspectos da corrida. Da mesma forma, questões como quadris mais largos e menor densidade podem ser fatores que irão afetar ainda mais a prática e exigir um acompanhamento próximo para que não se torne uma lesão.
Mas a infecção urinária em corredoras é algo mais frequente do que se imagina, e é dela que vamos tratar aqui.
O que é a Infecção Urinária?
Ela é definida como uma infecção contagiosa e que pode comprometer qualquer parte do sistema urinário, composto por rins, ureteres, bexiga e uretra.
Os sintomas em geral são:
- Ardência ao urinar;
- Incontinência Urinária;
- Urinar em pouca quantidade;
- Vontade frequente de ir ao banheiro;
- Sensação de peso na bexiga;
A mulher tem impressionantes 50 vezes mais chance de ter o problema do que o homem. É uma diferença muito grande e a diferença entre os gêneros é uma das principais causas.
A Infecção Urinária em corredoras é mais frequente?
Não necessariamente. Alguns especialistas sugerem que excesso de impacto, em função de uma maior pressão no abdômen, é uma causa. Porém, fatores genéticos, fisiológicos e mesmo alimentares pode ser o gatilho para o problema.
Mas a verdade é que 50 a 60% das mulheres podem sofrer com o problema em maior ou menor grau, independente da prática de atividade física ou não.
O mais importante, caso a corredora sinta que está com alguns dos sintomas citados anteriormente, é procurar um especialista, que poderá diagnosticar com precisão as causas e, caso se confirme, determinar o melhor tratamento.
Como tratar o problema?
Existem diversos tipos de infecção urinária em corredoras ou não, e o tratamento depende muito dos motivos que a levaram a esse quadro.
Medicamentos, mudança na rotina alimentar e até cirurgia estão entre os caminhos mais naturais para cuidar do problema.
Para além do diagnóstico, praticar atividade física de forma constante e fortalecer os músculos do assoalho pélvico podem ajudar e muito a atenuar e prevenir o problema.
E você, imaginou que a incontinência urinária em corredoras e mulheres em geral era tão comum? Já sofreu com esse problema? Compartilhe com a gente