7 ensinamentos que todo treinador de corrida de rua gostaria de passar

treinador de corrida de rua

Nem sempre o corredor erra porque não sabe o que está fazendo. O treinador de corrida de rua sabe disso. Mas existem ensinamentos que todo corredor deveria ouvir – e praticar – seja pelo resultado proporcionado, ou para correr de forma mais consciente. Qual desses você acha que se encaixa?

Ensinar é uma vocação. Quem nunca ouviu essa frase? E dentro dessa máxima, existe também outro consenso: o maior desafio de um educador é transmitir o conhecimento para pessoas que têm dificuldade de entender, ou são resistentes para ouvir.

Se você acha que isso só acontece na escola ou faculdade, está enganado. No treinamento de corrida, diversas são as situações onde isso ocorre. Corredores pulando etapas, seguindo informações equivocadas, mudando treinos, são atitudes mais comuns do que se imagina.

Além disso, existem inúmeros corredores iniciantes, dando seus primeiros passos, e que poderiam ter um caminho menos tortuoso de evolução caso seguissem premissas básicas. 

Pensando nisso, separamos 7 ensinamentos que todo treinador de corrida de rua gostaria de transmitir, seja para iniciantes ou avançados. 

1.Informação ajuda, mas não transforma corredor em treinador de corrida de rua

Sim. Muitos corredores, principalmente os mais experientes, acreditam que o tempo de corrida, informações em mecanismos de buscas, canais digitais e fóruns dará a base para que ele possa ser autodidata. Isso é um equívoco. 

Ler e ouvir sobre o tema, além das experiências em corridas de rua e papo com os amigos de asfalto, sem dúvida ajuda muito. Mas o principal benefício dessa prática é ter maior senso crítico e poder dialogar com o treinador o que sente funcionar mais. Qualquer aprendizado é uma construção, e poder trocar ideias – sem desafiar ou desqualificar – ajudará muito em sua evolução como corredor.

2.A corrida não deve sempre ser progressiva na quilometragem 

Você acaba de correr sua primeira prova de 5km. Está animado e na expectativa para evoluir cada vez mais. E isso é ótimo.  Porém, existe um tempo ideal para isso acontecer. E mais: você não precisa sempre se desafiar na próxima distância.

O ideal é procurar sempre a quilometragem que mais agrada você, e a que seu corpo melhor reage, tanto em desempenho quanto menor índice de lesões.

3.Não confunda superação na corrida com irresponsabilidade

A busca pela superação é típica do ser humano. Principalmente no esporte. E quando falamos de corrida, isso via de regra passa por se desafiar numa distância maior. Mas alguns corredores, seja por teimosia, desinformação ou pressão, acabam se desafiando antes da hora, não respeitando uma preparação adequada para uma corrida. 

Em geral, é recomendado que o corredor fique ao menos de 6 meses a 1 ano nas distâncias tradicionais ( 5, 10, 21 e km) antes de encarar uma nova quilometragem. Fatores como evolução constante, regularidade e ausência de lesões são os pontos que definem o tempo maior ou menor. 

Enfrentar uma prova fora desses parâmetros não envolve superação, e sim ansiedade ou certa dose de irresponsabilidade. Durante os últimos anos, houve um processo de “glamourização” da maratona. Some isso  ao avanço das redes sociais, e temos um cenário que não apenas estimula o desafio, como pode passar a impressão que todos podem chegar lá com poucos treinos. 

Não é bem assim. Pessoas que enfrentam sua primeira meia ou maratona sem o preparo adequado podem não apenas se lesionar, como também ter uma experiência traumática, a ponto de nunca mais fazer a distância, ou mesmo a corrida. 

4.Treinador de corrida de rua precisa de informação para montar seu treino

Parece óbvio, mas é muito comum corredores que fornecem pouca informação ao treinador, e depois cobram uma planilha de corrida personalizada. 

A tecnologia chegou para ficar! E para treinadores de corrida, ela é muito bem vinda. Aplicativos ou plataformas que fornecem todos os dados sobre como foi o treino de corrida (Pace, quilometragem, cadência, altimetria) facilitam a análise, além de criar um histórico esportivo. Isso ajuda a traçar um perfil e montar um planejamento cada vez mais individualizado. 

Você é corredor e não costuma usar relógio para corrida ou aplicativos? Será muito difícil evoluir depois de certo tempo. Seu treinador de corrida não usa essas ferramentas? Converse e o estimule a implantar em seus treinos. 

5.Atividades fora da corrida impactam seus treinos

“- Treinador, estou muito cansado ultimamente e tenho treinado muito mal.

– Mas você está seguindo a planilha?

– Sim. 

– Tem dormido bem?

– Sim, porque eu chego bem cansado da aula de spinning.

– Aula de spinning?

– É. Como estava com tempo, acrescentei no mesmo dia que faço natação. 

– Mas eu não sabia que você estava fazendo spinning, muito menos natação. Para mim, você estava só no fortalecimento. 

– Ahhh, é que acabei esquecendo de avisar. Mas está tranquilo. Estou fazendo tudo bem leve.”

Essa situação fictícia entre treinador de corrida de rua e aluno é mais comum do que se imagina. No anseio de resultados rápidos, o corredor vai inserindo atividades na rotina sem informar ou consultar o treinador. Saber quais atividades fazem parte da rotina impacta diretamente a planilha de treino. 

Por isso, não deixe de informar, mas principalmente consultar seu treinador de corrida sobre sua rotina integral e tipos de treinamento adequado

6.Converse regularmente com seu treinador de corrida 

É muito comum notar entre corredores certo receio de regularmente estar em contato com seu treinador. A preocupação em incomodar geralmente é o maior obstáculo. Isso é um equívoco. 

A sintonia treinador de corrida e aluno só funciona quando existe uma troca, e os dois tomam a iniciativa da comunicação. Esperar sempre o contato não é o melhor caminho para nenhuma das partes. 

Nossa sugestão é que, além do contato presencial, haja uma regularidade de análise dos treinos e performance a cada 15 dias. 

7.Treinar pouco é melhor do que não treinar 

Às vezes deixamos de começar algo porque só podemos fazer um pouco. Esse é um dos conceitos do comodismo. Com a “desculpa” de que não tem horário para se dedicar de verdade, a pessoa deixa de treinar. 

Nem sempre treinaremos bem, da mesma forma que serão comuns períodos onde a frequência da corrida irá cair. O mais importante é manter isso como uma rotina, mesmo que abaixo do ideal.

Correr 2 x semana já trará resultados, principalmente se for um corredor iniciante. 3 a 4 x semana é uma média ideal, já que outros dias podem ser complementados com atividades como o fortalecimento, por exemplo. 

E você, costuma seguir os ensinamentos de seu treinador de corrida? Identificou-se com alguma orientação? Comente aqui!

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